RESUMO
Objective: to investigate the prevalence and factors associated with dysphonia and laryngeal lesions at elementary public school teachers in a region of the Amazonian region. Methodology: cross-sectional study with collection of sociodemographic, occupational, environmental, and clinics variables. Dysphonia and laryngeal lesions were evaluated using three methods: self-perceptions, diagnostic criteria and video-assisted laryngoscopy. Logistic regression was used to determine factors associated. Results: the prevalence of self-reported dysphonia was 68.9%, diagnosed dysphonia was 59.1% and laryngeal lesions, 53.3%. There was association between selfreported dysphonia and respiratory problems (OR=3.00; CI95%=1.25-7.22), use of drugs (OR= 2.31, CI95%= 1.19-4.49) and noise in the internal environment (OR= 2.43; CI95%=1.24-4.73). Easy access to water was a protection factor against self-reported dysphonia (OR=0.09; CI95%: 0.01-0.79). We found a significant association between dysphonia diagnosed and digestive problems (OR= 5.35; CI95%=2.39-11.96), external noise (OR=4.89, CI95%=1.87-12.78) and inadequate ventilation (OR=3.56; CI95%=1.46-8.62). The variables associated with higher chance of laryngeal lesions in dysphonic teachers were lighting (OR=3.74; CI95%=1.15-12.14%), acoustics (OR= 4.14; CI95%=1.32-12.95) and inadequate room size (OR= 3.76; CI95%=1.29-10.91). The use of drugs (OR=0.34; CI95%=0.12-0.92), respiratory problems (OR=0.21; CI95%=0.06-0.76) and easy access to water (OR= 0.12; CI95%=0.04-0.38) were protection factors for laryngeal lesions. Conclusion: occupational environmental factors aggravated the vocal health of this professional category. Access to water in the work impacted positively.
Objetivo: investigar a prevalência e fatores associados à disfonia e lesões laríngeas em professores do ensino fundamental de um município da Amazônia Legal. Metodologia: estudo transversal com coleta de variáveis sociodemográficas, ocupacionais, ambientais e clínicas. Disfonia e lesões laríngeas foram avaliadas com a utilização de três métodos: autopercepção, critérios diagnósticos e laringoscopia assistida por vídeo. Utilizou-se modelo de regressão logística para determinação dos fatores associados. Resultados: a prevalência da disfonia autorreferida foi 68,9%, da disfonia diagnosticada foi 59,1% e das lesões laríngeas, 53,3%. Houve associação entre disfonia autorreferida e problemas respiratórios (OR=3,00; IC95%=1,25-7,22), uso de medicamentos (OR=2,31; IC95%=1,19- 4,49) e ruído interno no ambiente (OR=2,43; IC95%=1,24-4,73). Teve associação protetora entre disfonia autorreferida e facilidade do acesso à água (OR=0,09; IC95%=0,01-0,79). Encontrou-se associação significativa entre disfonia diagnosticada e problemas digestivos (OR=5,35; IC95%=2,39-11,96), ruído externo (OR=4,89; IC95%=1,87-12,78) e ventilação inadequada (OR=3,56; IC95%=1,46-8,62). As variáveis associadas à maior chance de lesões laríngeas em docentes disfônicos foram iluminação (OR=3,74; IC95%=1,15-12,14), acústica (OR=4,14; IC95%=1,32-12,95) e tamanho da sala inadequados (OR=3,76; IC95%=1,29-10,91). Uso de medicação (OR=0,34; IC95%=0,12-0,92), problemas respiratórios (OR=0,21; IC95%=0,06-0,76) e facilidade de acesso à água (OR=0,12; IC95%=0,04-0,38) mostraram-se fatores de proteção para lesões laríngeas. Conclusão: fatores ambientais ocupacionais agravaram a saúde vocal desta categoria profissional. O acesso à água no ambiente de trabalho impactou positivamente.